VLI, MRS e Rumo formam o grupo; transição operacional assistida teve início em junho e terminará em 4 de setembro
A futura cessionária da Ferrovia Interna do Porto de Santos (Fips), formada pelas empresas VLI, MRS e Rumo, assumirá a gestão e as operações em setembro, quando será concluído o processo de transição e o contrato firmado em dezembro com a Autoridade Portuária de Santos (APS) passará a ser efetivamente executado.
A cessionária privada terá que fazer um investimento inicial de R$ 891 milhões em cinco anos, com o objetivo de aumentar a capacidade atual quase esgotada de 50 milhões de toneladas por ano para 115 milhões de toneladas por ano.
Até aqui, a Fips estava sob administração da Portofer. Em 5 de junho último, a Fips iniciou o Plano de Transição Operacional, operação assistida que será realizada até 4 de setembro. Após essa data, a execução do contrato será efetivamente iniciada, de acordo com a APS e com a assessoria de imprensa do grupo cessionário. A partir daí, começarão a correr os prazos para apresentação do cronograma de obras e dos projetos executivos.
Conforme o contrato assinado entre a Autoridade Portuária e as três companhias em 16 de dezembro de 2022, na sede do então Ministério da Infraestrutura, em Brasília, a vigência é de 35 anos.
Segundo a APS, atualmente, a Fips opera utilizando 94% de sua capacidade, o que exige uma ampliação imediata. “A expansão ferroviária interna do complexo portuário é imprescindível para dar vazão à movimentação futura de cargas”.
Ainda de acordo com a gestora do Porto de Santos, as principais intervenções a serem implantadas são: pátio ferroviário entre o Canal 4 e a Ponta da Praia, dotado de três vias férreas para atendimento aos terminais de celulose; viadutos para eliminação de passagem de nível na região do Canal 4 – Marinha; passarelas de pedestres entre o Canal 4 e Ponta da Praia; pêra ferroviária, dois viadutos e passarela de pedestres na região de Outeirinhos; e novo viário na segunda entrada da Margem Direita do Porto de Santos, no Saboó.
Conforme o projeto, os investimentos previstos separarão os cruzamentos rodoferroviários e garantirão fluidez ao escoamento por trens, ampliando a eficiência da operação.
Artigo original publicado em 11/07/23 em A Tribuna: